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Sobrecarga de informação!

Bem-vindo a 2017. Se ainda não sabia, está a viver num mundo em que todos são especialistas no que diz respeito à SUA saúde.

Aquela modelo de fitness que segues no Instagram. O teu treinador pessoal. O tipo da loja da esquina. Toda a gente tem uma opinião e é bom que acredites que vão tentar enfiá-la pela tua garganta abaixo.

"Obrigado Paulo, eu sei que a quinoa tem mais proteínas e menos hidratos de carbono do que o arroz, mas posso comer o meu jornal?"

A partir do momento em que os seus pés tocam no chão de manhã, vai ser fustigado por uma torrente interminável de informações sobre saúde. Pode optar por absorvê-las, se quiser. Mas se quiser fazer algum progresso, tem de ser muito seletivo em relação a quem ouve. Em 2017, toda a gente tem uma opinião. Mas isso não significa que toda a gente seja um especialista.

Sobrecarga de informação

A verdade é que toda a gente quer ser saudável. Mas com tanta informação contraditória por aí, ninguém sabe por onde começar e em quem confiar.

Acredito firmemente que o estado atual de sobrecarga de informação é o maior obstáculo que impede as pessoas de se tornarem saudáveis em 2017. Não se pode comer, mexer-se ou mesmo dormir de uma determinada forma sem que alguém, algures, nos diga que o estamos a fazer mal.

Há pessoas que lhe dirão que os cereais integrais não são saudáveis, que as amêndoas não são saudáveis, que o óleo de coco não é saudável. Há até pessoas que tentam dizer que a fruta não é saudável.

A verdade é que, se acreditasse em tudo o que lê na Internet, nunca mais comeria nada. Por isso, tem de levantar as suas barreiras e concentrar-se. Concentre-se nas pequenas mudanças que fazem a maior diferença para a sua saúde. Quanto mais simples, melhor.

O sensacionalismo vende

Comer mais frutas e legumes, beber mais água e dormir mais é uma notícia antiga. Isto é o que funciona. Mas não faz manchetes nos jornais nem vende livros de dieta.

Por isso, os departamentos de marketing das empresas e os redactores de títulos, muito bem pagos, estão constantemente à procura de novas formas de inventar a roda. O que é ótimo, desde que se saiba que as antigas funcionavam perfeitamente bem.

Lembre-se de que a mulher que perdeu 14 quilos em 2 semanas bebendo um chá mágico da floresta tropical de Kinabalu venderá sempre mais revistas do que o homem que perdeu 6 quilos em 6 meses comendo mais alimentos integrais e movimentando-se com mais frequência.

Se é verdade, se é seguro e se deve experimentar, cabe-lhe a si decidir, mas como diz o velho ditado. Se algo parece demasiado bom para ser verdade, provavelmente é.

Confie no seu instinto

O facto de alguém ter alguns milhares de seguidores no Instagram não faz dele um especialista em saúde. Só porque o seu PT tem um conjunto de abdominais de modelo de capa de revista não significa que ele saiba qual a dieta certa para si.

Ouvir a opinião de toda a gente e mudar constantemente de uma forma de comer e de fazer exercício para outra só o vai esgotar e deixá-lo mais frustrado do que nunca. Por isso, confie no seu instinto. Ouça o seu corpo. Ele sabe mais sobre o que é bom para si do que qualquer livro de dietas ou guru da saúde.

Deixar de andar às voltas num estado de sobrecarga de informação. Deixe de pensar demasiado em TUDO. Descasque as camadas, use o senso comum e comece pelo mais básico.

Quais são as pequenas mudanças que farão a maior diferença na sua saúde? Comece por aí. Desenvolva-as lentamente. Estabeleça hábitos positivos, um de cada vez, em vez de tentar fazer tudo de uma só vez.

Em última análise, o maior indicador para saber se algo está a funcionar (ou não) é a sua aparência, sensação e desempenho enquanto o faz. Está a obter resultados com o que está a fazer? Ótimo. Tem a sua resposta.

Quão simples pode ser?

Se pudesse obter 80% dos benefícios por 20% do esforço, preocupação e custo - fá-lo-ia, certo? A simplicidade é fundamental.

Quanto mais fácil for tornar este jogo, mais hipóteses temos de o ganhar. Por isso, concentre-se nas coisas que sabe que pode implementar sem qualquer problema. Se parecer demasiado complicado ou o estiver a stressar, atire-o pela janela fora.

É fácil ser apanhado nos pequenos detalhes. E pode fazê-lo, se quiser. Mas eu, pessoalmente, acho que há muito a dizer sobre viver uma vida que não gira em torno de contar macros, tomar 20 suplementos diferentes e subir na balança todas as manhãs.

Falando por experiência própria, quanto menos se tentar forçar as coisas e quanto mais se gostar do processo, mais facilmente se obterão resultados.

A coisa mais importante a reter sobre a "saúde" é que ela vai muito para além dos alimentos que come e do exercício que faz. Sim, trata-se de ser ativo e vibrante, mas também de viver sem limites e restrições. Por isso, siga as suas próprias regras. Seja responsável perante si. Mantenha a simplicidade. E não acredite em tudo o que lê na Internet.

Por hoje, estou despachado. Continuem a ser espectaculares,

Josh